Como adequar a programação neurolinguística ao nosso interesse.

RESUMO DE PALESTRA, PROFERIDA PELO PROFESSOR JOÃO BATISTA, SOBRE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA
-O que é programação neurolinguística? É ciência que trata de como podemos criar, alterar e transmitir realidades;
-Como sair do marasmo, da mesmice produzir e reproduzir padrão de excelência humana, alterando o que somos, e o que são as outras pessoas, fazendo com que todos sejamos melhores. Programando o nosso cérebro, que codifica e decodifica informações, transformando imagens em realidade e reproduzindo acontecimentos.
-O que é sucesso? É conseguir alcançar o que se deseja, o que se quer.
-Como se obtém sucesso, prosperidade?
 Interagindo e influenciando. Supera-se a crise, criando e transformando. Tirando o S e transformando-o em $. (CRI$E = CRIE $). Ofertando algo que satisfaça as necessidades das pessoas que desejamos.
 Transcendendo os nossos “limites”. Aqueles que imaginamos ter, porque fomos programados…
 Tendo filáucia, (segundo Aristóteles (384-322 a.C.), virtude que consiste em amar a si mesmo na medida certa, sem excesso nem carência, integrando no afeto a busca ideal do Bem e do Belo.) ansiando. Aparecendo no contexto certo, na hora certa. Surgindo com um plano de trabalho (desdobramento da aparição). Sendo fiéis ao plano.
 Saindo do lugar comum, tendo um diferenciador qualitativo.
 Ofertando algo de qualidade.
 Estando sempre ao nível do outro.
Até aos sete anos ouvimos mais de 100.000 nãos. Ao comando, não, acessa-se a atividade, a ação. Não suba. Não faça. Não tenha medo. Não fale alto. Devemos evitar o não, buscando do outro, a resposta, a decisão, o comprometimento. O que acontece principalmente com criança, devido a imaturidade do cérebro, é a dificuldades para compreenderem ordens que iniciam com “não”. quando ouvem “não suba no armário” ou “não jogue isso no chão”, o que fica registrado no cérebro da criança são as palavras de ordem, como “subir” e “jogar”. Isso ativa a ação, justamente o contrário do que gostaríamos.
“A maioria das pessoas sabem o que fazer. Poucas fazem o que sabem.”
“Experiência não é o que acontece. É o que fazemos com o que acontece.”
“Insanidade é continuar fazendo o que sempre fez, esperando um resultado diferente.”
“O estilo de vida de uma pessoa não determina o seu potencial, ou o potencial que ela tem, determina o que ela vai se permitir na vida.”
Assim, para o sucesso é necessário:
1-Dominar os fundamentos;
2-Ter objetivos específicos e desafiadores (com os pés no chão, onde estivermos, aprofundando a abertura que iniciamos. Tendo equilíbrio, porém, sonhando grande, quanto mais alto melhor, se os amigos acharem que é loucura, é porque é ótimo!);
3-Agir. Criar realidade solucionando problemas de forma dinâmica.
Devemos nos lembrar sempre de que:
a) -Movimentos lentos são coordenados pelo sistema nervoso simpático. Produzem desânimo, tristeza, apatia, letargia…
b) -Movimentos rápidos são coordenados pelo sistema nervoso parassimpático. Produzem alegria, prazer, sorriso, entusiasmo, motivação produção…
c) -Bons hábitos nos ajudam a utilizar melhor a nossa energia, especialmente, alimentação e respiração adequadas.
-Como decidimos? O tempo todo estamos pensando, levantando informações e decidindo. A qualidade de nossas decisões, determina a qualidade de nossas vidas.
Quando decidimos afastamos a dor e aproximamos do prazer. Nosso cérebro associa dor e prazer a tudo que acontece, quer queiramos ou não.
Associar prazer ao que é doloroso ou associar dor ao que é prazeroso? Isso explica porque propagandas absurdas fazem sucesso. Pequenos detalhes fazem diferença nesta associação de ideias…
EXERCÍCIOS
Comportamento;
1-Consultar uma gama de profissionais;
2-Descobrir o que nos motiva e o que motiva os outros. Abandono da dor (faça uma relação de itens):
• Se eu deixar de fazer, o que de ruim vai me acontecer? O que vou perder se desistir de agir?
• Se eu fizer, quais os prazeres que terei? O que vou ganhar?
3-Agir.
Lembrar-se de que:
“A maior qualidade que alguém pode ter é o poder pessoal, a habilidade de transformar uma ideia em realidade.”
Criando laços, CATIVANDO as pessoas, elas estarão sempre conosco.
Formas de cativar:
• Olhe nos olhos,
• Demonstre alegria,
• Fale com as pessoas sobre o que elas gostam,
• Ouça-as,
• Identifique suas necessidades e as satisfaça (atenção, palavra de ânimo, carinho, abraço…),
• Chame-as pelo nome (nada de comadre, D. Maria, filha, querida, fofa…),
• Respeite o limite psicológico de cada um (círculo de 40 cm. ao seu redor),
• Identifique e respeite a predominância das pessoas (algumas são visuais, outras auditivas e, outras cinestésicas),
• Modele sua fala no mesmo canal do interlocutor,
• Espelhe a pessoa (reproduza sutilmente seus gestos, assim, ela estará vendo o reflexo da pessoa que mais ama)
COMUNICAÇÃO, SEU PODER E COMO DEVE SER
Planejamento estratégico (definir o que quer, o que é necessário, o que fará para conseguir, quais recursos poderá contar) é a melhor oportunidade de modificar-se, é o poder pessoal capaz de transformar uma ideia em algo real, capaz de criar ou alterar uma realidade.
Tudo o que se concebe como realidade, se transforma em realidade, passa a existir, é gerada, através da comunicação.
-Como comunicar?
-Sabendo o que se quer,
-Solicitando (quanto maior a habilidade de solicitar, maior a possibilidade de ser atendido e maior o poder),
-Solicitando de maneira específica (falando com entusiasmo, sendo congruente e elegante)
-Solicitando a quem pode oferecer o que se quer.
-Solicitando até conseguir (se necessário, mude a estratégia).
Assim, tudo irá conspirar a favor.

MOTIVAÇÃO E RAZÃO: UM DELICADO EQUILÍBRIO 2

Gabriel de Siqueira Brito
Como você se motiva para alcançar suas metas pessoais? Como você aposta em si mesmo? Imagine estar de pé à beira de um abismo, contemplando a vastidão da paisagem diante de você. Você se sente impulsionado por um desejo inato de conquistar novos horizontes, mas também reconhece a importância de dar cada passo com cautela… Muitas abordagens prometem nos guiar, desde a astrologia até terapias alternativas. Suas visões podem ser inspiradoras, embora frequentemente possam levar a erros sistemáticos conhecidos como viéses. Como selecionar em que investir para a minha melhoria?
Os viéses são atalhos comportamentais que evoluíram para decisões rápidas em tribos, mas podem não ser adequados na sociedade atual.
VIÉS DE CONFIANÇA Um exemplo de viés é o da confiança, que se manifesta no excesso de confiança em suas próprias habilidades ou na autoridade de um líder. Esse viés costumava promover a certeza e coesão do grupo diante de perigos.
No complexo mundo moderno, esses atalhos mentais podem levar a distorções e erros custosos. De acordo com um estudo da PwC, os viéses inconscientes custam às empresas cerca de 1.7 trilhão de dólares por ano. Por exemplo, o viés de excesso de confiança em uma projeção otimista levou à perda de milhões em empresas como Nokia e Hertz.
Em resumo, considerando o enorme impacto dos viéses, complementar a intuição com a ciência não é apenas recomendável, mas financeiramente indispensável. Em um nível pessoal, também podemos buscar decisões informadas para avançar pelo melhor caminho.
VIÉS DE CONFIRMAÇÃO Um dos viéses mais comuns é o de confirmação, que leva a buscar e interpretar informações que confirmem as crenças prévias, ao mesmo tempo em que se descarta evidência contraditória. Por exemplo, alguém convencido dos benefícios da astrologia pode prestar atenção seletiva apenas a conselhos ou testemunhos que a respaldam.
Imagine que você está tentando aprender onde os patos costumam estar para caçar. Às vezes, você os encontra na posição X. Se ouvir sons naquela área, mesmo que não sejam de patos, é natural querer confirmar se os patos ainda estão lá. Isso economiza tempo em comparação com verificar a cada vez. Você pode se sentir motivado ao pensar ‘aprendi e confirmei a posição dos patos’. No entanto, é importante lembrar que os sons naquela área nem sempre serão de patos. Esse exemplo ilustra como os viéses podem surgir como atalhos mentais para economizar recursos, mas também podem levar a conclusões incorretas.
Com isso em mente, podemos agora explorar um exemplo mais atual. Às vezes, para entender o comportamento amigável de uma pessoa, se vejo que pessoas nascidas no mesmo mês X, qualquer comportamento de outras pessoas do mês X vou usar para confirmar o que aprendi. Assim, não preciso aprender mais sobre isso. Confirmo que esse comportamento é comum em pessoas do mês X, mas ser amigável às vezes não seria exclusivo de pessoas nascidas no mês X.
Em conjunto, esses pontos nos levam a compreender que os viéses podem surgir como uma forma de economizar recursos mentais, mas se não forem analisados, tendem a levar a conclusões incorretas.
VIÉS DE DISPONIBILIDADE Outro exemplo, o viés de disponibilidade, em ambientes primitivos, estar alerta para possíveis ameaças imediatas, como roubos ou predadores próximos, era crucial para a sobrevivência. Portanto, a capacidade de lembrar e dar mais peso a informações recentes e potencialmente relevantes poderia ter proporcionado uma vantagem em termos de sobrevivência e reprodução. Depois de assistir a uma reportagem sobre roubos na televisão, uma pessoa pode superestimar a frequência de roubos em seu bairro porque as informações sobre roubos estão mais prontamente disponíveis em sua mente devido à exposição recente à notícia.
Portanto, entendendo mais sobre probabilidade, uma pessoa pode ver o risco de forma mais realista e se dedicar a outros problemas mais relevantes em sua realidade.
USANDO A ANÁLISE DE VIÉSES PARA ENTENDER OS VIÉSES Para ilustrar com mais intensidade, podemos ver isso em um viés de uma pessoa que está pensando em suicídio. Alguns estudos dizem que evolutivamente os mais velhos poderiam se suicidar para deixar recursos para os mais jovens como um ato altruísta que ajudava a tribo a sobreviver. Mas hoje temos muitos recursos, então esse suposto pensamento altruísta do passado poderia estar viésado de várias maneiras:
1. Viés de confirmação: A pessoa pode estar prestando mais atenção às informações que confirmam a crença de que sua morte seria a melhor para todos, e pode estar descartando ou minimizando informações que contradizem essa crença. A pessoa com ideação suicida pode prestar mais atenção às informações que reforçam a crença de que sua morte beneficiaria os outros.
2. Viés de autoavaliação: A pessoa pode estar avaliando seu próprio valor e contribuição de maneira negativa ou distorcida. A pessoa pode estar avaliando sua própria valia de maneira distorcida, acreditando erroneamente que não tem valor e é um fardo.
3. Viés de disponibilidade: Pode estar lembrando mais facilmente de situações ou momentos em que se sentiu um fardo para os outros, em vez de equilibrar essas lembranças com situações em que foi apreciada ou ajudou os outros. A pessoa pode lembrar mais facilmente de momentos negativos em que se sentiu um fardo, perpetuando a ideação suicida.
4. Viés de atenção seletiva: A pessoa pode estar prestando mais atenção às interpretações negativas de seu comportamento ou impacto nos outros, em vez de reconhecer as interpretações mais positivas ou equilibradas. O indivíduo pode se concentrar apenas em interpretações negativas de seu comportamento
5. Viés de polarização: Essa pessoa pode estar vendo as coisas de forma extrema, acreditando que seu suicídio seria a única solução quando, na verdade, há uma ampla gama de opções e perspectivas intermediárias. A pessoa pode ver o suicídio como a única saída, sem considerar perspectivas intermediárias.
6. Viés de atribuição: Pode estar atribuindo exclusivamente as dificuldades dos outros à sua presença ou existência, quando na realidade existem muitos outros fatores que influenciam a vida das pessoas. Pode acreditar que todos os problemas dos outros se devem à sua presença, quando há múltiplos fatores.
Como podemos estar muito viesados, pode ser importante encontrar alguém dedicado a entender a psicologia e de onde vêm nossos comportamentos, um profissional.
Agora, ao falar sobre ferramentas para combater os vieses, é essencial mencionar uma autoanálise com princípios probabilísticos. Através do entendimento de tendências de comportamento evolutivo, podemos mapear nossas atividades cotidianas e transformá-las em virtudes específicas. Esta ferramenta facilita a autoavaliação contínua, reduzindo os erros sistemáticos e identificando áreas de crescimento pessoal. Ao complementar a intuição com a ciência, proporcionamos uma via prática para melhorar o bem-estar integral.
Como funciona? Por exemplo: eu relaciono meu hábito de comer queijo. Anoto que comer queijo me deixa mais motivado. Mas também anoto que um dia posterior estou com dificuldade para defecar e a passo mal. Se relacionar algumas tenho o quanto o queijo me motiva e o suposto custo. Vale a pena manter o queijo? Agora, imagine esse padrão de análise não apenas na parte nutricional física, mas também intelectual, emocional e social.
Em última análise, compreender e reconhecer os vieses que influenciam nossas decisões cotidianas nos dá o poder de fazer escolhas mais conscientes e fundamentadas. Desde o viés de confirmação até o de disponibilidade, cada um molda nossa perspectiva do mundo. Ao integrar ferramentas como uma análise probabilística, damos um passo crucial em direção ao autodesenvolvimento e à tomada de decisões mais informadas e equilibradas em todos os aspectos da vida.

MOTIVAÇÃO E RAZÃO UM DELICADO EQUILIBRIO

Como você aposta em si mesmo? O desejo de superação nos impulsiona, mas pode ser interessante calibrá-lo com sensatez. Muitas abordagens prometem nos guiar, desde a astrologia até terapias alternativas. Suas visões podem fornecer inspiração, embora frequentemente careçam de fundamentos probabilísticos que esclareceremos neste artigo.
Por exemplo, alguns buscam nos astros certezas sobre seu propósito, embora seja motivador, poderia ser complementado com análises críticas. Outros adotam curas “milagrosas” sem resultados comprováveis, diante de problemas de saúde ou vícios enraizados. Todas as propostas podem fazer sentido, porque diante da complexidade da mente e da realidade, ter esperança pode ser mais motivador d…
[20:43, 07/09/2023] +54 9 2213 14-4287: POR QUE QUEREMOS TORNAR COMPLETAMENTE CERTO O INCERTO?

Muitas vezes adotamos soluções para melhorar sem sustentação suficiente. Isso se deve a limitações na forma como nossa mente evoluiu.
De acordo com pesquisas [1], o raciocínio probabilístico apresenta desafios para a mente humana. Por exemplo, prestamos atenção seletiva ao que confirmamos e descartamos evidências contrárias, como mostrou o Nobel Daniel Kahneman. Também superestimamos nossa capacidade de interpretação em áreas como saúde, como quando damos peso excessivo a experiências anecdóticas em detrimento de evidências estatísticas sobre os efeitos de certos tratamentos.
Embora represente um desafio, nossa mente tem um grande potencial de melhoria se cultivarmos o pensamento crítico e a ciência nos apoiar. De acordo com estudos do MIT, o cérebro mantém plasticidade para continuar aprendendo ao longo da vida [2]. E com estímulos adequados, é possível aumentar o coeficiente intelectual [3].
Apesar de representar um desafio, é possível aprender a avaliar explicações de maneira mais objetiva, apesar das limitações do nosso pensamento. Implementando uma abordagem científica com consistência, nossa jornada de autodescoberta pode ser mais frutífera.
No entanto, por que às vezes nos custa tanto transcender nossas limitações? Talvez para realmente melhorar, devamos aprofundar nossa compreensão sobre os matizes da mente humana. Nossa psicologia é extremamente complexa, assim como a realidade que percebemos.
Examinar detalhadamente essa máquina mental fascinante e enganosa, tanto em suas forças quanto fraquezas, pode ser indispensável para avançar. O próximo passo em nossa exploração exigirá uma observação próxima das engrenagens do cérebro e do que a ciência probabilística descobre sobre seu funcionamento.

INCERTEZA E VIRTUDES

INCERTEZA E VIRTUDES

Nas conversas anteriores, estávamos falando sobre teorias como a biologia da crença e a importância de pensar positivo para desenvolver qualidades. Mas você sabe, entender as virtudes humanas não é algo tão novo assim. Já tinha um camarada que falava sobre isso lá em 428 antes de Cristo. Mas como é que a gente pode botar ordem e uma definição mais precisa nessas virtudes com os estudos de hoje?
Além de pensar positivo, eu quero saber exatamente onde direcionar meus pensamentos e melhorar a mim mesmo. E quando falamos de virtudes, a parada parece estar ligada à compreensão do cérebro humano. Mas, meu amigo, o cérebro tem mais informação do que podemos sequer imaginar!
Dizem por aí que ele processa uns 15 petaflops por segundo! Isso é mais unidades de informação (0 ou 1) do que grãos de areia no deserto… POR SEGUNDO! Ou seja, o cérebro é um oceano de incertezas, tem um monte de coisas que simplesmente não podemos saber. Por isso, talvez seja interessante estudar um pouquinho conhecimento da incerteza para compreender essas virtudes.
Esse tal conhecimento sobre incerteza tem tudo a ver com probabilidade. Sabe quando a gente joga uma moeda para o alto e não temos ideia de qual lado vai cair? Mas a gente pode estimar a probabilidade, tipo uns 50% para cada lado. Essa parada de incerteza também serve tanto para moedas quanto para descobrir o que é mais provável num crime. Então, por que não aplicar isso para descobrir o que é mais provável de funcionar nesse cérebro maluco?
E olha só, assim como o cérebro, a vida e a realidade das pessoas podem ser um turbilhão de coisas diferentes. Tem tanta variável por aí! Por isso, a gente precisa simplificar as coisas, porque o cérebro já tá bombardeado com um monte de informações do ambiente. E não podemos esquecer que vivemos nessa sociedade da informação, onde tudo ficou mais caótico. Então, talvez seja melhor simplificar tudo, voltar a um ambiente mais básico, mais tribal, para tentar entender como o cérebro se comporta em relação a essas virtudes.
E tem mais uma coisa: o cérebro foi moldado ao longo de 2.600.000 anos e a gente tá na sociedade da informação faz só uns 50 anos. Então, o que você acha que é mais provável: que o cérebro tá mais adaptado pra viver como numa tribo depois de 2.600.000 anos, ou nos últimos 50 anos? Aí a gente pode estudar as tendências de comportamento do cérebro de acordo com a probabilidade.
Ei, aí a gente poderia ter um mapa dessas virtudes humanas e ver onde elas se encaixam, sabe? Tipo, entender a necessidade delas e a função que elas têm. Aí, com esse mapa, eu consigo descobrir pra onde direcionar minha motivação, sabe? Aí, a gente poderia buscar ser mais virtuosa (o) de acordo com a nossa própria realidade.
Olha só, se a gente usar o conhecimento sobre incerteza, probabilidades e simplificar as coisas pra entender nossas tendências de comportamento, então a gente tem uma metodologia de como organizar essas virtudes, mesmo que as realidades humanas sejam todas diferentes e os cérebros estejam cheios de informação. Errado ou certo? Se faz sentido, qual é a chance real de melhorar de verdade, hein? Falamos no próximo texto.
Gabriel de Siqueira Brito

ESTIMA-TE A TI MESMO –  INTRODUÇÃO

ESTIMA-TE A TI MESMO – INTRODUÇÃO

O problema

O livro “A Evolução dos Vieses Cognitivos” e os artigos da Association for Psychological Science indicam que existem 194 padrões diferentes de falhas no raciocínio cerebral (vieses cognitivos). Além disso, Daniel Kahneman, que ganhou um Prêmio Nobel de Economia e inspirou o livro “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”, demonstrou quanto dinheiro pode ser perdido se não analisarmos profundamente a realidade. A série “Brain Games”, com suas 9 temporadas, também mostra como podemos estar equivocados sobre as coisas que observamos. Vivemos em uma sociedade cheia informação, redes sociais e vídeos adoráveis de gatinhos (bem, esse último não é tão ruim), tudo isso pode ser difícil, pode nos sobrecarregar e influenciar negativamente nosso pensamento crítico. Por que isso acontece?

Pode ser importante considerar que nosso cérebro foi moldado durante 2.600.000 anos para se adaptar a um ambiente tribal simples, e só vivemos na sociedade da informação há cerca de 50 anos. Se compararmos com uma vida humana, isso equivale a tentar se adaptar a um novo ambiente em apenas 5 horas depois de termos estado acostumados a outro por 260 mil horas.

Além da complexidade do ambiente, o cérebro também pode ser muito complexo. Estudos atuais sobre o cérebro sugerem que ele é capaz de realizar mais operações por segundo do que grãos de areia num deserto (até 100 quintilhões de operações por segundo). Somando a complexidade do cérebro e ambiente, podemos estar mais equivocados sobre nós mesmos do que pensamos.

Hipóteses y Virtudes

Por isso, pode ser interessante ter um método para nos adaptarmos melhor hoje. Se simplificarmos as coisas para entender nossas tendências comportamentais, podemos ter uma metodologia para potencializar nossas virtudes.

Em conclusão, tanto o cérebro quanto a realidade que nos rodeia são muito complexos. Há muitas coisas que simplesmente não podemos saber com certeza, mas talvez possamos estimar.

Ao estabelecer metas realistas ao buscar mudanças positivas em nosso comportamento ou hábitos, podemos avançar em direção a eles com sucesso e alcançar uma vida mais plena e satisfatória. Por exemplo, digamos que você sempre quis ser mais comunicativo e organizado, mas sente como se nunca pudesse conseguir devido às distrações modernas ao seu redor. Ao compararmos os mundos tribais antigos com o mundo moderno, podemos perceber que a necessidade humana básica de comunicação e estrutura ainda está presente hoje – apenas se expressa de maneiras diferentes.

Considerando isto, pode ser útil pensar em como nossos ancestrais resolveram esses problemas no passado para aplicá-los à nossa vida atual. Podemos estimar como nosso cérebro funciona através da análise comparativa entre esses dois mundos tão diferentes: o mundo tribal antigo e nosso mundo moderno cheio de tecnologia avançada. Dessa forma, poderíamos ter um mapa das nossas virtudes pessoais e como encaixá-las dentro da nossa realidade pessoal.

No próximo texto apresentarei uma proposta sobre como definir e organizar nossas virtudes pessoais para ajudarmos na busca por mudanças positivas que desejamos fazer em nossas vidas. Gabriel de Siqueira Brito